Este trabalho propõe um Plano Urbano do Brincar como possibilidade de alterar os parâmetros urbanos da cidade, substituindo, a partir do brincar, o cidadão adulto, homem, branco, trabalhador pela criança: uma maneira de repensar como exercemos o poder na cidade e a serviço de quem sonhamos e propomos, criando, assim, uma cidade brincante. Dividido em 3 partes (a teórica, o plano em si, e uma experiência de aplicação), a pesquisa entende o brincar como experiência que pode questionar o mundo real e transformá-lo.
Este caderno é a primeira parte da pesquisa, que traz uma aproximação teórica de reflexão sobre a relação cidade-criança-brincar, olhando para a lógica de produção da cidade sob o viés da infância e do brincar.
Em um primeiro momento, busca-se justificar a importância de pensar a relação entre a criança, o brincar e a cidade. A partir desse entendimento, no segundo capítulo, aprofundam-se os benefícios existentes nessa relação a partir de dois pontos de vista diferentes: os benefícios que a cidade traz para a criança e os benefícios que a criança traz para a cidade. Por fim, elabora-se uma síntese das ideias trabalhadas, visando, então, justificar o porquê de se pensar uma cidade brincante.
Camila Sawaia
março/2021