Partindo da perspectiva da experiência e da importância dos vínculos na sensação de bem estar em um ambiente, propõe-se uma reflexão acerca de o que torna um lugar mais ou menos “habitável”. Qual o papel e o alcance do arquiteto na construção desses vínculos?
Traduzindo habitar para um “sentir-se como em casa”, investigo como contribuir para que nos sintamos mais como em casa em nossa própria cidade, nos lugares onde vivemos. Nessa linha, volto o olhar para a criança e a educação, entendendo que se aprende a habitar, se adquire hábitos que começam na infância, e que experiências positivas no sentido da apropriação e pertencimento aos lugares nos acompanham e se refletem ao longo de toda a vida.
Com olhar atento para a matriz construir, brincar, narrativa e tempo – aspectos que julgo favorecer a criação e o fortalecimento de vínculos -, analiso três experiências que vivi ou acompanhei de perto, em três diferentes escalas – uma dentro do espaço da escola; uma no contato de instituições educativas com o espaço público; e uma no processo de articulação de diferentes escolas de um mesmo território.
Termino com um “pequeno inventário de ideias vinculantes” onde apresento uma coleção de fotografias de minha autoria, que busca ampliar o repertório e a percepção de mundo de quem as enxerga, ilustrando a teoria apresentada.
Ayumy Pompeia
Março de 2021